Sistema de detecção de incêndio: um aliado na redução de riscos

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Dados do Instituto Sprinkler Brasil (ISB) indicam que em 2018 foram contabilizadas em média 530 ocorrências de incêndio estruturais (em construções comerciais e indústrias), sendo o maior número de registros – 190 deles – em estabelecimentos comerciais como lojas, shopping centers e supermercados. As principais causas destes incidentes estão ligadas à falta de manutenção preventiva dos sistemas de detecção de incêndio, à qualidade dos equipamentos, aos materiais utilizados em obras e a projetos mal elaborados.

Somado a isto, a legislação para o assunto ainda é falha no Brasil. É necessário unificar as normas existentes e torná-las mais rígidas, visando a diminuição da ocorrência de incêndios. A regra geral é que, grandes espaços, por concentrar uma grande quantidade de pessoas, devem contar com bons equipamentos, além de um bom planejamento contra incêndio, prevendo rotas de fugas seguras. Em alguns casos, ainda se faz necessária a presença de uma Brigada especializada.

As consequências de um acidente, especialmente se for de grande porte, podem ser irreparáveis. Mortes, lesões e ferimentos causados por incêndio resultam em problemas físicos e psicológicos para o indivíduo e sua família. Além disso, outro ponto delicado é a responsabilidade civil (e até criminal) que pode ser implicada aos síndicos ou donos de empresas. Sem esquecer do fato que arcar com os custos de um incêndio não significa somente realizar reparos ou reformas na propriedade. Se uma empresa é seriamente danificada, por exemplo, os estragos podem implicar na interrupção dos negócios durante meses, causando ainda mais prejuízos financeiros.

Um dos equipamentos que ajudam muito na prevenção e na proteção de vidas e do patrimônio é o sistema de detecção de incêndio. Composto por alguns itens, ele funciona na identificação e sinalização de fumaça e fogo. Vamos falar mais sobre ele neste artigo.

A importância do sistema de detecção de incêndio

Empresas de médio a grande porte, prédios comerciais, indústrias e espaços públicos e privados que recebem grandes públicos são obrigados, mesmo que por diferentes legislações e normativas, a investir em um sistema de detecção de incêndio. Este deve atender às especificidades técnicas determinadas pela ABNT e pelos Bombeiros, no que se refere a sua instalação e manutenção. Neste nosso webinar, você pode entender melhor sobre as normas e certificações para sistemas de detecção de incêndio.

Tais soluções devem ser elaboradas dentro de um projeto de prevenção de riscos, por profissional qualificado e precisam passar por manutenções periódicas para garantir sua usabilidade e segurança. Vale lembrar que esse é um investimento que não pode mensurado, pela possibilidade de se prevenir catástrofes e salvar vidas.

O que compõe um sistema de detecção de incêndio?

Um sistema de detecção de incêndio é composto por vários equipamentos e dispositivos como a central de detecção e alarme de incêndio. Ela é a responsável por receber a informação dos acionadores e detectores e, em caso de uma situação de alarme, acionar os sinalizadores.

De acordo com a NBR 17240, da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), um sistema completo é composto por:

  • central de alarme de incêndio;
  • acionador e detector de temperatura ou fumaça;
  • acionador manual;
  • sinalizador audiovisual;
  • cabos blindados.

Conheça o funcionamento de cada um deles:

Central de alarme de incêndio – recebe informações dos detectores e acionadores e, caso identifique algum princípio de incêndio, processa as informações e prossegue com a ativação do alarme. Além disso, ela também verifica possíveis falhas na instalação, como curto-circuito, cabeamento rompido, entre outras. São dois tipos de centrais: as endereçáveis, que indicam o local exato com foco de incêndio e o tipo do dispositivo que foi ativado; e as convencionais, que sinalizam apenas a localização do evento.

Detector de fumaça – eficientes, verificam indícios iniciais de fogo, pois são capazes de detectarpartículas de fumaça produzidas por inúmeras fontes de combustão, e comunicam a central. Quando em sinistro, enviam uma mensagem automática à central de alarme de incêndio, informando a sua localização exata (modelo endereçável) através do endereço definido . Vale destacar que os detectores de fumaça de qualidade reduzem os disparos de alarmes falsos.

Detector de temperatura – tem funcionamento semelhante ao detector de fumaça, mas o disparo é por temperatura. Quando atinge uma determinada temperatura, o detector emite o alerta.

Acionador manual – possui um interruptor que, aciona o alarme de incêndio e, em seguida, manda um sinal automático, informando a localização à central de alarme de incêndio (nos modelos endereçável ela dá o local exato. Sua sinalização de funcionamento geralmente se dá através de LEDs e de alarme. Se o LED está verde, o sistema está em funcionamento; se está vermelho, significa sinal de fogo e alarme.

Sinalizador audiovisual – é o dispositivo que informa a condição do alerta ou incêndio para que as pessoas presentes possam abandonar o local. Os modelos mais encontrados no mercado são os audiovisuais que, quando acionados, emitem uma luz vermelha e um sinal sonoro, ao mesmo tempo. Existem outros tipos de sinalizadores, que podem ser somente sonoros ou visuais. A escolha do item vai depender do tipo de aplicação e do ambiente; certamente o modelo será especificado pelo projetista.

Cabos blindados – são cabos desenvolvidos para sistemas de detecção e alarme de incêndio, que evitam que interferências externas prejudiquem os sinais transmitidos. Fique atento, pois eles devem possuir blindagem. Caso não possuam, devem ser instalados em eletrodutos metálicos, calhas e bandejamentos metálicos fechados, exclusivos para o sistema de alarme de incêndio.

Outros equipamentos importantes para ampliar a prevenção e proteção contra incêndios

Dentro de um projeto completo, existem outros equipamentos que também devem ser considerados para ampliar a prevenção e proteção contra incêndios. São eles:

  • Extintores;
  • Hidrantes;
  • Mangueiras;
  • Pára-raio;
  • Fiação elétrica;
  • Central de gás;
  • Escada de emergência;
  • Porta corta fogo;
  • Sprinklers (chuveiro automático);
  • Sistema de iluminação de emergência.

Para complementar a leitura, indicamos o artigo Saiba como prevenir incêndios em condomínios, que traz dicas e alguns cuidados simples para evitar acidentes com fogo. Se tiver alguma dúvida, deixe seu comentário ou entre em contato conosco.

Publicação original: 06/04/2016

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